quarta-feira, 14 de julho de 2010

Sinceramente, hoje não gostaria de falar sobre o amor. Falarei de uma mulher que já amou demais,mas que sempre fez tudo errado. Que se desconserta quando alguém fala que gosta dela. Que é contraditória por natureza. Que sempre fala a verdade quando deveria mentir ou omitir. Que diz que é fiel aos seus sentimentos mas não entende nada sobre fidelidade. Que já largou um cara dentro do cinema falando sozinho .Que já saiu de casa às duas da manhã e se hospedou num hotel. Que já viajou kilometros só pra falar pra um imbecil que ela o amava - e ele disse que nunca iria ama-la. Que já chorou por um homem. Que já chorou por alguns homens. Que não tem vergonha de falar o que sente. Uma mulher cujo sorriso entrega suas emoções. Cujos lábios movem quando ela pensa. E cujos olhos não a deixam mentir.







Sou uma mulher que odeia ser mandada. Odeio que gritem comigo. Odeio quando tenho que esperar alguém ligar. Odeio mais ainda quando esse alguém não liga. Odeio os homens que têm namorada e ficam ligando pra ela (Putz...dá uma inveja!!!). Uma mulher que adora chocolate. Adoro ficar sozinha. Adoro minha própria companhia. Adoro não ter mais idade pra fazer joguinho. Adoro já ter passado da fase de fingir que não tô afim quando estou.







Só que essa mulher aqui faz tudo errado. Ela diz por aí que quer alguém,mas se esquiva quando seus casos começam a ficar sérios. E só se envolve com os mais galinhas. Os mais assediados. E anda dispensando todos os caras com quem ela poderia pensar em fazer planos. Talvez porque, lá no fundo, ela goste da sua solidão. De poder escolher com quem ela vai sair no final de semana. Talvez porque ela ache que sair e conhecer novas pessoas seja uma coisa bacana. Ou talves porque ela ainda não encontrou alguém que faça valer a pena largar tudo isso pra se comprometer com um cara só.







Talvez porque ela goste de chegar em casa sozinha e atirar suas roupas pelo chão e se jogar em cima da cama. Poder deixar tudo espalhado. Tomar banho de porta aberta. Reservar-se o direito de não atender o telefone fixo e muito menos o celular. Assistir ao canal de TV que ela bem entender. Ficar na net por quantas horas achar conveniente. Dar end no celular de acordo com seu humor. Ir e vir de onde ela bem entender e na hora que ela bem entender e com quem ela bem entender. Talvez ela até goste de comer ovo frito quando tem preguiça de sair pra almoçar nos finais de semana. E talvez ela prefira a companhia da sua cadela perto da sua cama. Talvez tudo isso seja verdade. E talvez tudo isso passe. Mas o fato é que não vou vai abrir mão disso por pouca coisa.



O fato é que essa mulher aqui não quer alguém pra chamar de namorado. Ela quer um alguém pra chamar de "Meu" ,e o dia que ela encontrar, ela não vai deixar esse alguém escapar por nada deste mundo. Porque essa mulher aqui sabe o que é perder o cara que é o amor da sua vida. Sabe o que é fazer tudo errado sempre. Mas, mesmo assim, ela não tem medo de começar tudo de novo. De tentar outra vez. De viajar kilometros pra dizer, mais uma vez, que ama. E essa mulher só quer viver de novo aquilo que ela conhece muito bem. Amar. Incondicionalmente. Viver incondicionalmente. Viver sem fazer planos. Sem querer prever o futuro. Estar do lado de alguém que é o mundo pra ela. Estar do lado da pessoa certa. Aquela única pessoa com quem ela gostaria de estar. Alguém que conhece todos os seus medos. Todos os seus sonhos. Que sonha junto com ela. Alguém por quem ela abriria mão de todas as maravilhas da vida de solteira. E por quem ela acredita que vai fazer tudo certo um dia.